Olá amigos, no artigo de hoje vamos falar um pouco sobre o dispositivo de segurança o DR, muitas pessoas tem dúvidas e até pensam que eles são projetados apenas para redes 127V por causa do Neutro que se encontra no informativo do componente, e ate mesmo se ele funcionará sem o condutor terra.
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No caso do DR sem a ligação do neutro, ele funciona normalmente, desde que o circuito protegido esteja sempre sendo alimentado com tensões de linha (apenas as fases, seja a carga bifásica (a 2 fios, 2 fases) ou trifásica (a 3 fios, 3 fases)). Caso contrário, uma carga monofásica teria determinada corrente passando pela fase e pelo neutro. Como o neutro não passa pelo DR neste caso, a diferença seria enxergada pelo DR, que atuaria.
Os Interruptores Diferenciais-Residuais WEG da linha RDW possuem duas configurações: bipolar ou tetrapolar. Mas no caso de uma ligação bifásica, qual usar?
A resposta depende da configuração dos condutores na instalação. No caso de haver a presença do neutro, deve-se usar o modelo tetrapolar, conforme a ligação acima. Já no caso de haver somente duas fases, sem neutro, (como é por exemplo o caso de motores monofásicos ligados em duas fases, ou mesmo um chuveiro), pode-se usar o DR bipolar, ligando uma das fases no lugar do neutro. Observe o esquema abaixo:
Já no caso do equipamento não estar aterrado, também não impede o funcionamento do DR. O circuito é aterrado desde o poste.
Numa falta elétrica, ocasionando energização da carcaça, como o equipamento não está aterrado, não haverá corrente de fuga. A carcaça continuará energizada, e o circuito ligado. Quando uma pessoa tocasse na carga, aí sim, o seu corpo daria um caminho para a corrente elétrica passar: fase, carcaça do equipamento, corpo da pessoa, a terra, e de volta para o transformador (onde o neutro é aterrado). Como provavelmente a corrente de choque será maior do que a sensibilidade do DR, ele atuará, cortando o circuito.
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Vale lembrar que o caso acima se refere aos tipos de aterramentos mais comuns: TT, TN-C e TN-S.
No caso de esquemas IT, a corrente do choque seria muito baixa, dado à existência de impedância de aterramento do neutro do transformador (IT com impedância), ou praticamente nula (IT neutro isolado) – provavelmente, o DR não atuaria, pois a corrente é mais baixa do que sua sensibilidade.
Outras forma de alimentação do DR: Trifásico + Neutro
Alimentação Fase Neutro 127V ou até mesmo 220V dependendo da região, o DR atuará normalmente.
Usar o DR como geral diretamente? Não ele não protege o circuito contra sobrecarga, você deverá antes passar por um disjuntor termomagnético como exemplo abaixo:
Posso instalar vários DRs para circuitos distintos?, pode veja um exemplo típico de um quadro de distribuição com alguns DRs, a tensão de alimentação poderá ser 127V, 220V.
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O DR é um dispositivo que atua conforme a diferença de corrente entre os pólos. Há um toróide dentro do invólucro que, para cada pólo de entrada (fases e, quando tem, neutro), há uma bobina envolvendo o toróide. Dentre estas, há uma bobina auxiliar ligada a um relé (que faz a interrupção).
Se houver diferenças entre as correntes que entram no DR (acima do limite), haverá um resíduo de fluxo magnético no toróide, que induzirá uma tensão (e, conseqüentemente, uma corrente) na bobina auxiliar, alimentando o relé e desarmando o DR. O dispositivo apenas detecta correntes residuais, ele não atua em sobrecargas ou curto-circuitos. Há modelos disjuntores DR que atuam contra curto-circuito, sobrecarga e corrente residual.
A ligação do DR deve ser feita com as fases e o neutro (quando houver). Vale lembrar que o condutor de proteção (exceto o PEN (neutro e terra conjugado)) não entra no DR, senão ele seria incapaz de detectar justamente a corrente de fuga.
(Vale lembrar que corrente de fuga oriunda de choque elétrico (fase-terra) sempre é detectada pelo DR, se acima de sua sensibilidade).O DR não pode ser instalado em qualquer tipo de instalação, dependerá do esquema de aterramento adotado:
Quando falo que num esquema de aterramento, um DR não possa ser utilizado, eu me refiro à condição de detecção de corrente de fuga oriundas de falhas de isolação (e não de correntes que retornem pela terra, em si). Este tipo de corrente, que retornam pela terra, são características de choques elétricos (contato indireto em massas, ou contato direto com fase).
Para qualquer esquema de aterramento (exceto IT (neutro isolado ou com impedância)), podemos utilizar o DR para proteger os trabalhadores contra choques elétricos (fase-terra): quando a vítima tocar na massa energizada, uma corrente tenderá a sair da massa, seguir pelo corpo e voltar ao sistema elétrica pela terra. Ou então contato direto na fase. É fácil perceber que o DR está em apenas um sentido do caminho (na ida da corrente, pela fase; a corrente de fuga não estaria retornando pelo neutro). Assim, haverá uma corrente residual sendo detectada por ele.
Vale lembrar que choques fase-fase ou fase-neutro não são detectados pelo DR (desde que a(s) fase(s) e/ou o neutro em questão sejam do mesmo circuito do DR).Em esquemas IT (neutro com impedância ou isolado), como já dito, a corrente de fuga é muito pequena (principalmente no último), às vezes impecerptível aos DRs (dada a alta impedância para retorno de corrente pela terra ao transformador). A instalação do DR deve ser estudada, visto que, se instalado nos alimentadores principais de uma instalação, e um equipamento apresentar fuga, o DR atuaria e toda a instalação cairia. Assim, ficaria difícil para detectar a origem do problema.
Já ouvi falar que o DR detecta curto-circuito entre bobinas de um motor. Bom, a depender da intensidade do curto, o DR atua por causa da elevação da corrente (disjuntor DR). Porém, atuar por corrente residual, vejo um equívoco. Um motor trifásico, alimentado por três fases, caso haja uma falha na isolação, pode apresentar corrente de fuga entre bobinas. Porém, esta corrente retornará pelas próprias fases, o que não resultaria em diferença de corrente, pois a soma das correntes entre as fases seriam sempre igual a zero.
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Caso a falha de isolação seja entre a bobina e a massa, aí claro que o DR atuará, pois a corrente de fuga estaria sendo conduzida pelo terra, e não retornando por alguma fase.
O DR deve ser instalado em áreas sujeitas a lavagens (chão molhado), por exemplo, cozinha, área de serviço e banheiro, e em tomadas externas à edificação (ou que alimentem máquinas situadas na área externa).
Em esquemas IT, a utilização do DR não é obrigatória, quando a continuidade é imprescindível à segurança de alguém (salas de cirurgia ou serviços de segurança, por exemplo).
Bom galerinha, espero que tenham gostado desse artigo, lembre-se antes de realizar manutenção na rede elétrica desligue todos os disjuntores para sua proteção.
Dúvida de um visitante do blog : quer saber se o DR sem neutro detecta fuga de corrente entre fases, e se num equipamento não aterrado o DR ainda funciona?Como já é de conhecimento de todos, o DR atua quando a soma das correntes dos condutores que entram no dispositivo é diferente de zero (e, necessariamente, acima de sua sensibilidade, 30mA ou 500mA, por exemplo).
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No caso do DR sem a ligação do neutro, ele funciona normalmente, desde que o circuito protegido esteja sempre sendo alimentado com tensões de linha (apenas as fases, seja a carga bifásica (a 2 fios, 2 fases) ou trifásica (a 3 fios, 3 fases)). Caso contrário, uma carga monofásica teria determinada corrente passando pela fase e pelo neutro. Como o neutro não passa pelo DR neste caso, a diferença seria enxergada pelo DR, que atuaria.
Os Interruptores Diferenciais-Residuais WEG da linha RDW possuem duas configurações: bipolar ou tetrapolar. Mas no caso de uma ligação bifásica, qual usar?
A resposta depende da configuração dos condutores na instalação. No caso de haver a presença do neutro, deve-se usar o modelo tetrapolar, conforme a ligação acima. Já no caso de haver somente duas fases, sem neutro, (como é por exemplo o caso de motores monofásicos ligados em duas fases, ou mesmo um chuveiro), pode-se usar o DR bipolar, ligando uma das fases no lugar do neutro. Observe o esquema abaixo:
Já no caso do equipamento não estar aterrado, também não impede o funcionamento do DR. O circuito é aterrado desde o poste.
Numa falta elétrica, ocasionando energização da carcaça, como o equipamento não está aterrado, não haverá corrente de fuga. A carcaça continuará energizada, e o circuito ligado. Quando uma pessoa tocasse na carga, aí sim, o seu corpo daria um caminho para a corrente elétrica passar: fase, carcaça do equipamento, corpo da pessoa, a terra, e de volta para o transformador (onde o neutro é aterrado). Como provavelmente a corrente de choque será maior do que a sensibilidade do DR, ele atuará, cortando o circuito.
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Vale lembrar que o caso acima se refere aos tipos de aterramentos mais comuns: TT, TN-C e TN-S.
No caso de esquemas IT, a corrente do choque seria muito baixa, dado à existência de impedância de aterramento do neutro do transformador (IT com impedância), ou praticamente nula (IT neutro isolado) – provavelmente, o DR não atuaria, pois a corrente é mais baixa do que sua sensibilidade.
Outras forma de alimentação do DR: Trifásico + Neutro
Alimentação Fase Neutro 127V ou até mesmo 220V dependendo da região, o DR atuará normalmente.
Usar o DR como geral diretamente? Não ele não protege o circuito contra sobrecarga, você deverá antes passar por um disjuntor termomagnético como exemplo abaixo:
Posso instalar vários DRs para circuitos distintos?, pode veja um exemplo típico de um quadro de distribuição com alguns DRs, a tensão de alimentação poderá ser 127V, 220V.
Lembrando que, em se tratando do DR, por questões de segurança, é necessário pulsar o botão de teste uma vez por mês, para garantia que o mecanismo de desarmo do aparelho encontra-se íntegro.Uma resumida sobre o dispositivo DR e suas funções:
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O DR é um dispositivo que atua conforme a diferença de corrente entre os pólos. Há um toróide dentro do invólucro que, para cada pólo de entrada (fases e, quando tem, neutro), há uma bobina envolvendo o toróide. Dentre estas, há uma bobina auxiliar ligada a um relé (que faz a interrupção).
Se houver diferenças entre as correntes que entram no DR (acima do limite), haverá um resíduo de fluxo magnético no toróide, que induzirá uma tensão (e, conseqüentemente, uma corrente) na bobina auxiliar, alimentando o relé e desarmando o DR. O dispositivo apenas detecta correntes residuais, ele não atua em sobrecargas ou curto-circuitos. Há modelos disjuntores DR que atuam contra curto-circuito, sobrecarga e corrente residual.
A ligação do DR deve ser feita com as fases e o neutro (quando houver). Vale lembrar que o condutor de proteção (exceto o PEN (neutro e terra conjugado)) não entra no DR, senão ele seria incapaz de detectar justamente a corrente de fuga.
(Vale lembrar que corrente de fuga oriunda de choque elétrico (fase-terra) sempre é detectada pelo DR, se acima de sua sensibilidade).O DR não pode ser instalado em qualquer tipo de instalação, dependerá do esquema de aterramento adotado:
- TT: pode-se utiliza-lo, visto que o condutor de proteção (onde a corrente de fuga passará) não passa pelo DR.
- TN-C: não pode ser utilizado, pois como o condutor é conjugado, a corrente de fuga entrará no DR do mesmo jeito (pelo condutor PEN).
- TN-S: pode-se utiliza-lo. O condutor de proteção que conduzirá a corrente de fuga.
- IT (neutro com impedância): pode instalar, sendo que como a corrente de fuga neste sistema é pequena, possa ser que o DR não detecte (salvo quando há várias fugas num mesmo circuito).
- IT (neutro isolado): neste sistema, não faz muito sentido instalar DR, visto que a corrente de fuga, em geral, ou não existe ou é muito pequena (pois a impedância neutro-terra é muito alta).
Quando falo que num esquema de aterramento, um DR não possa ser utilizado, eu me refiro à condição de detecção de corrente de fuga oriundas de falhas de isolação (e não de correntes que retornem pela terra, em si). Este tipo de corrente, que retornam pela terra, são características de choques elétricos (contato indireto em massas, ou contato direto com fase).
Para qualquer esquema de aterramento (exceto IT (neutro isolado ou com impedância)), podemos utilizar o DR para proteger os trabalhadores contra choques elétricos (fase-terra): quando a vítima tocar na massa energizada, uma corrente tenderá a sair da massa, seguir pelo corpo e voltar ao sistema elétrica pela terra. Ou então contato direto na fase. É fácil perceber que o DR está em apenas um sentido do caminho (na ida da corrente, pela fase; a corrente de fuga não estaria retornando pelo neutro). Assim, haverá uma corrente residual sendo detectada por ele.
Vale lembrar que choques fase-fase ou fase-neutro não são detectados pelo DR (desde que a(s) fase(s) e/ou o neutro em questão sejam do mesmo circuito do DR).Em esquemas IT (neutro com impedância ou isolado), como já dito, a corrente de fuga é muito pequena (principalmente no último), às vezes impecerptível aos DRs (dada a alta impedância para retorno de corrente pela terra ao transformador). A instalação do DR deve ser estudada, visto que, se instalado nos alimentadores principais de uma instalação, e um equipamento apresentar fuga, o DR atuaria e toda a instalação cairia. Assim, ficaria difícil para detectar a origem do problema.
Já ouvi falar que o DR detecta curto-circuito entre bobinas de um motor. Bom, a depender da intensidade do curto, o DR atua por causa da elevação da corrente (disjuntor DR). Porém, atuar por corrente residual, vejo um equívoco. Um motor trifásico, alimentado por três fases, caso haja uma falha na isolação, pode apresentar corrente de fuga entre bobinas. Porém, esta corrente retornará pelas próprias fases, o que não resultaria em diferença de corrente, pois a soma das correntes entre as fases seriam sempre igual a zero.
Publicidade:
Caso a falha de isolação seja entre a bobina e a massa, aí claro que o DR atuará, pois a corrente de fuga estaria sendo conduzida pelo terra, e não retornando por alguma fase.
O DR deve ser instalado em áreas sujeitas a lavagens (chão molhado), por exemplo, cozinha, área de serviço e banheiro, e em tomadas externas à edificação (ou que alimentem máquinas situadas na área externa).
Em esquemas IT, a utilização do DR não é obrigatória, quando a continuidade é imprescindível à segurança de alguém (salas de cirurgia ou serviços de segurança, por exemplo).
Bom galerinha, espero que tenham gostado desse artigo, lembre-se antes de realizar manutenção na rede elétrica desligue todos os disjuntores para sua proteção.