Os Soft Starter são equipamentos eletrônicos destinados ao controle da partida de motores elétricos de corrente alternada.
Os soft-starters são utilizados basicamente para partidas de motores de indução CA
(corrente alternada) tipo gaiola, em substituição aos métodos estrela-triângulo, chave
compensadora ou partida direta. Tem a vantagem de não provocar trancos no sistema, limitar
a corrente de partida, evitar picos de corrente e ainda incorporar parada suave e proteções.
Essas chaves contribuem para a redução dos esforços sobre acoplamentos e
dispositivos de transmissão durante as partidas e para o aumento da vida útil do motor.
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
O soft-starter é um equipamento eletrônico capaz de controlar a potência do motor no
instante da partida, bem como sua frenagem. Ao contrário dos sistemas elétricos
convencionais utilizados para essa função (partida com autotransformador, chave estrela-
triângulo, entre outras).
Seu princípio de funcionamento baseia-se em componentes estáticos, os tiristores. O
esquema genérico de um soft-starter está ilustrado na Figura abaixo .
SENSIBILIDADE À SEQÜÊNCIA DE FASE
Os soft-starters podem ser configurados para operarem somente se a seqüência de fase
estiver correta. Esse recurso assegura a proteção, principalmente mecânica, para cargas que
não podem girar em sentido contrário (bombas, por exemplo). Quando há a necessidade de
reversão, podemos fazê-los com contatores externos ao soft-starter.
PLUG-IN
O plug-in é um conjunto de facilidades que podem ser disponibilizadas no soft-starter
por meio de um módulo extra, ou de parâmetros, como relé eletrônico, frenagem CC ou CA,
dupla rampa de aceleração para motores de duas velocidades e re-alimentação de velocidade
para aceleração independente das flutuações de carga.
ECONOMIA DE ENERGIA
A maioria dos soft-starters modernos têm um circuito de economia de energia. Essa
facilidade reduz a tensão aplicada para motores a vazio, diminuindo as perdas no entreferro,
que são a maior parcela de perda nos motores com baixas cargas. Uma economia significante
pode ser experimentada para motores que operam com cargas de até 50% da potência do
motor.
SEGeT – Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia
COMPRESSORES
O soft-starter reduz a manutenção e permite que compressores “críticos” sejam
desligados quando não forem necessários. Por outro lado, evita que eles sejam desligados no
funcionamento normal devido a fontes de alimentação muito fracas.
VENTILADORES
Os ventiladores, assim como as bombas, exigem um torque proporcional à velocidade,
porém, também têm grande inércia. Geralmente, o limite de corrente é utilizado para estender
o tempo de rampa, enquanto a inércia é vencida.
5. CONCLUSÃO
Nesse trabalho pode-se verificar que, são vários os processos de se realizar a partida
nos motores de indução trifásica. Cada um desses processos apresenta suas vantagens e
desvantagens, dependendo do aspecto particular ou do parâmetro que se quer considerar.
São muitas as grandezas envolvidas, tais como corrente de partida, torque inicial,
tempo de aceleração, números de operações consecutivas, etc, que o engenheiro projetista
deve conhecer em detalhes cada processo, para o dimensionamento e parametrização dos
vários componentes.
Durante muitos anos foram utilizados exclusivamente os dispositivos eletromecânicos,
com uso de contatores e relés, para partida dos motores de indução. Somente em algumas
pequenas aplicações, como no caso de bombas de recalque com vazão ajustável, é que se
utilizavam equipamentos para a variação da velocidade do motor de indução trifásico. Nesse
caso, a variação de velocidade era feita por meio de dispositivos com embreagens, com
grande perda de energia.
O aparecimento de circuitos eletrônicos controlados por tiristores veio permitir, não só
o controle de variação da velocidade do motor de indução trifásico em serviço, como também
o controle de realizar partidas e paradas suaves da máquina. Esses dispositivos eletrônicos
representam uma nova era no campo de aplicação do motor de indução trifásico, são os
conversores de freqüência e soft-starters que trazem grandes vantagens no controle de partida
e parada nos motores de indução trifásicos.
A conciliação do aproveitamento das vantagens ocasionadas, com a necessidade de se
eliminar alguns inconvenientes, é um apelo à capacidade dos engenheiros eletricistas no
sentido de se aperfeiçoar cada vez mais, os dispositivos de partida em motores de indução.
ALGUNS COMPONENTES DA SOFT-START
PLACA DE CONTROLE
A PLACA ELETRÔNICA DE CONTROLE CONTEM OS CIRCUITOS RESPONSÁVEIS PELO COMANDO,MONITORAÇÃO E PROTEÇÃO DOS COMPONENTES DA POTÊNCIA. ESTE CARTÃO CONTEM TAMBÉM CIRCUITOS DE COMANDO E SINALIZAÇÃO QUE SERÃO UTILIZADOS PELO USUÁRIO.
Função e descrição dos conectores da placa de controle:
X1 - Conector para alimentação da eletrônica.
X2 - Conector para entradas digitais / saídas a relés.
X3 - Conector para termostatos e transformadores de corrente.
X4 - Conector para disparo dos tiristores da fase R.
X5 - Conector para disparo dos tiristores da fase S.
X6 - Conector para disparo dos tiristores da fase T.
XC6 - Conector para IHM.
A alimentação da eletrônica é selecionável via jumper:
X9 - X10 = Jumper para 220 Vca
x9 - X11 = Jumper para 110 Vca
IHM
A IHM é uma interface simples que permite a operação e programação da Soft-Starter. Ela permite
as seguintes funções:
1- Indicação do Estado de operação da soft-starter, bem como das variáveis principais.
2- Indicação e reset dos erros.
3- Visualização e alteração dos parâmetros ajustáveis.
4- Operação da soft-starter
P61 estiver em ON.
DISSIPADORES DE CALOR EM ALUMÍNIO. ( DISSIPAR O CALOR PROVENIENTE DOS TIRISTORES )
CONJUNTO DE SOFT-START MONTADA EM CCM DA DESTILARIA ( PARA PARTIDA DE CENTRIFUGAS DE ÁLCOOL ) .
Fonte: Elétrica e suas Duvidas