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Curvas ABC nos disjuntores e fator de pôtencia

Curvas abc nos disjuntores e sobre fator de potência!

Este assunto exige uma explanação mais ampla para que você possa entender melhor a diferença entre os tipos de DISJUNTORES e suas especificações.

O QUE SÃO OS DISJUNTORES TERMOMAGNÉTICOS:

São chaves automáticas que se desarmam ou se desligam quando atravessados por uma corrente elétrica que ultrapassa os valores de segurança previstos ou em caso de um curto-circuito.


Ao desarmarem-se, os disjuntores impedem a passagem da corrente elétrica.
Deve-se então providenciar uma verificação minuciosa para descobrir a causa do problema e efetuar o devido conserto ou manutenção.

Se o circuito voltar ao normal, a chave pode ser novamente armada, sem necessidade de substituição do disjuntor.
Essa é uma das grandes vantagens que esses dispositivos apresentam em relação aos fusíveis.

OS DISJUNTORES PODEM SER DE TRÊS TIPOS:

- Unipolar correntes de 2, 4, 6, 10,20, e 25 ampères;

- Bipolar tensão de 240V e correntes de 10,15,20,25,30,35,40,50,60 e 70 ampères ; tensão 110/220V encontrados em correntes de 6,10,15,20,25,30,40,50,60 e 70 ampères;

- Tripolar tensões de 240V a 480V e correntes de 15,20,25,30,35,40,70,90 e 100 ampères.

OS DISJUNTORES TERMOMAGNÉTICOS:

Se dividem em três tipos de curvas de disparo ou desarme: B, C e D.

A norma de proteção NBR 5410 e NBR 5459-ABNT estabelecem que os disjuntores de curva B devem atuar para correntes de curto-circuito entre três e cinco vezes a corrente nominal, já os de curva C atuam entre cinco e dez vezes a corrente nominal e, por fim, os disjuntores de curva D devem responder para correntes entre dez e vinte vezes a corrente nominal.

Os disjuntores de curva B são indicados para cargas resistivas com pequena corrente de partida, como é o caso de aquecedores elétricos, fornos elétricos e lâmpadas incandescentes.

Já os de curva C são indicados para cargas de média corrente de partida, como motores elétricos, lâmpadas fluorescentes e máquinas de lavar roupas.

Por fim, os disjuntores de curva D são indicados para cargas com grande corrente de partida, a exemplo de transformadores BT/BT (baixa tensão).

Tenha sempre em mente, que serviços elétricos devem ser efetuados por um profissional qualificado e de confiança, para evitar acidentes e custo financeiro alto.

FATOR DE POTÊNCIA:

O fator de potência é uma característica muito exigida em instalações industriais, pois os equipamentos que são instalados nas indústrias devem ter um controle efetivo e constante devido ao alto custo de manutenção, e esse é um dos motivos que geram uma fiscalização obrigatória do fator de potência.

Pode até parecer difícil entender, mas espero que as explicações a seguir, te levem a compreender um pouco do assunto que é complexo e exige cálculos matemáticos precisos, além de ser direcionado ao eletrotécnico industrial, que não sei se é o seu lado profissional.
Então, vamos às explicações:


A forma de onda senoidal fornecida pela corrente elétrica alternada que nós usamos, deve estar em uma frequência de 60 ciclos ou hertz (Hz) por segundo.

Quando aplicamos uma tensão elétrica senoidal em uma carga resistiva (equipamentos a base de resistência para produção de calor na maioria das vezes), a corrente que circula pela carga (resistência), deve acompanhar instantaneamente as variações de tensão. Mas a maioria dos circuitos que são alimentados pela corrente alternada não se comporta como se fossem uma resistência pura.

Eles podem possuir características indutivas ou capacitivas, como por exemplo: motores, transformadores e outros equipamentos que trabalham com campos magnéticos criados por bobinas de indução.
Nesses casos, a corrente não acompanha a variação de tensão em tempo real, mas podem sofrer um retardo ou adiantamento.
Essa defasagem é uma diferença entre a potência ativa, que é aquela realmente transformada em trabalho, e a potência aparente, ou seja a que é medida.

A DIFERENÇA ENTRE AS DUAS, É A POTÊNCIA REATIVA:

Ao representarmos as diferentes potências que são a reativa, a real e a aparente, teremos um ângulo (φ) que é utilizado para representar o fator de potência.

O fator de potência que varia entre 0 e 1 é dado por:

FP = cos φ ( FP= fator de potência)
Onde φ é o angulo definido pela potência ativa e a potência aparente.
Esse fator é positivo se o circuito alimentado for indutivo, e negativo se for por característica capacitiva.

Como você pode ver, o assunto realmente é complexo.
Um dos grandes problemas encontrados pelo técnico de manutenção industrial é a correção desses fatores de potência nas diversas máquinas e equipamentos, que devem ficar dentro dos limites estabelecidos por lei.
É comum em muitas indústrias, o recurso de utilização de um Banco de Capacitores para a compensação desses fatores quando a carga é indutiva.


Então, como pode apreciar, o assunto é apaixonante e tecnicamente de alto nível, mas espero que a pequena explicação aqui dada, tenha satisfeito a sua sede de saber. Como estou vendo que você gosta do assunto, aconselho-o a fazer pesquisas mais apuradas do tema.
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