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Comandos Elétricos - Partida Direta

Partida Direta Motor Trifásico


Exemplo de aplicação criado no software FluidSim



A partida direta é o tipo de partida mais simples de ser montada para controle de um motor trifásico.
As vantagens da partida direta são:
  • Custo reduzido
  • Simples implementação (fácil de montar)
  • Alto torque de partida do motor
No entanto a partida direta possui algumas desvantagens:
  • Alta corrente de partida (que provoca a queda da tensão da rede, podendo afetar equipamentos ligados na mesma instalação
  • Limitação do número de manobras/hora
  • É necessário sobredimensionar contatores e cabos devido à alta corrente de partida
Vamos entender como funciona este sistema.
Antes, precisamos entender que o diagrama de uma partida de motor é dividido em duas partes: a parte de comando, que chamaremos de Diagrama de Comando(que é a parte de acionamento dos dispositivos do circuito) e a parte de potência, que chamaremos de Diagrama de Força (que é a parte que mostra os elementos de potência do circuito, tais como alimentação trifásica, contatos de potência do contator, o relé térmico de proteção e o motor).

Iniciaremos nosso estudo analisando o Diagrama de Comando:



No diagrama acima temos os seguintes componentes:

FT1= Relé térmico
S0= Botão Desliga
S1= Botão Liga
K1= Contator
H1= Lâmpada
F= Fase
L=Neutro

Pois bem, a alimentação do circuito vem de L e passa pelo contato de proteção do relé térmico (abaixo figura representativa do relé térmico).

Logo após passar pelo contato do relé a corrente passa pelo contato do botão desliga (S0) e posteriormente pelo botão liga (S1).
Vamos supor que temos uma caixa de comando na qual temos os dois botões, conforme a figura abaixo.


Note que o botão desliga (botão vermelho) possui um contato normalmente fechado (NF ou NC) e o botão Liga (botão verde) possui um contato normalmente aberto (NA ou NO).
Logo abaixo do botão liga temos a representação de uma bobina de um contator (abaixo uma figura ilustrativa de um contator) e da saída da bobina liga-se o N (neutro).


Observamos que em paralelo ao botão de liga temos um contato normalmente aberto (NA ou NO) de K1 (13/14) e uma lâmpada ligada logo abaixo dele.

Para fazermos o sistema funcionar pressionamos inicialmente o botão de liga (S1).
Quando S1 é pressionado, seu contato que é normalmente aberto se fecha momentaneamente deixando passar a corrente pelo contato e energizar a bobina K1.
Quando K1 é energizado seu contato normalmente aberto 13 e 14 se fecha e a lâmpada acende (indicando motor ligado).
Podemos soltar o botão de liga pois como temos um contato de K1 em paralelo com este botão, temos o chamado contato selo, que garante que uma vez energizado o circuito o botão S1 pode ser desacionado voltando ao seu estado NA.
Abaixo representado a corrente (seta vermelha) passando no circuito energizado.



Para que o sistema seja desligado basta pressionar o botão de desliga (S0), desta maneira interrompe-se a corrente que passa pelo contato que alimenta todo o sistema e o comando é desligado.

No Diagrama de Força temos a seguinte configuração:




Note que estão representados também os contatos de K1 (neste caso os contatos de potência) , o relé termico (FT1), alguns fusíveis para proteção do sistema de potência (F1, F2 e F3) e o motor (M1).
Os pontos R, S e T são chamadas fases , do sistema trifásico.

Quando a bobina do contator K1 foi energizado, assim como seu contato de selo que era NA se fechou, também os contatos de potência (1/2, 3/4 e 5,6) também se fecham, permitindo assim que o motor ligue.
Da mesma maneira, quando apertou-se o botão desliga (S0), e foi desenergizado o circuito, os contatos de potência de K1 (1/2, 3/4 e 5,6) também se abrem, parando assim o motor.
Abaixo uma figura ilustrando um motor trifásico


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